_Então? É verdade mesmo que
existem Garou na América de baixo?
Ele levantou-se acendeu seu
cachimbo, deu algumas tragadas e depois olhou para o rapaz, pigarreou e por fim
disse:
_ Ara... Não se diz de baixo, se
diz do Sul. E sim. Num é que existe memo sô?! Eu vi. Vi com esse zóio que Gaia
me deu.
_ Como eles são? Conta tudo, vai.
Eles possuem tribos? São iguais à mim?
Uma gargalhada misturada com
pigarros explode no ar, então ele olha o rapaz mais uma vez, mexe na fogueira
com um graveto e senta-se ao chão.
_ Eles são e num são parecido
cocê. Eu posso dizê que tive perto o bastante pra repará. Vou te conta uns
causos. Eu visitei uns lugar na América do sul, e vi coisa que ocê há de duvidá
pro resto de sua vida. Mas vamo lá.
Depois que minha famia se
desorveu, eu precisei sai daqui, há muitos anos. Tinha na época um tar de
“Fuínha” que tava na minha bota. Eu me descambei pra sombra e de lá Gaia me
guiou protos reinos. Nessas andanças acabei numa mata servage, tão servage que
me dava até medo sô. Eu tratei de butá minhas artes pra funciona. E pisei por
ali macio que nem algodão, ocê deve de me intendê. Óia, num foi nada fácil...
Passei uns dias na mata, assustado, com tanto medo que era só um macaco chiar
que eu botava sebo nas canelas. Mas finarmente ouvi tambores. Eu sabia muito
bem de quem era, ara se sabia. Pois, cheguei perto o bastante pra ter certeza e
lá tava eles, dançano im vorta do fogo, pulando de cá pra lá, tal que nem se faz
por aqui. Tinha uma dúzia deles, contei cada um mais de vinte veiz pra ter
certeza. Nunca tinha visto tanto assim junto.
_ Eram garou? De que tribo?
_ Ara, se ocê quer ouvir o fim da
história é mió ocê num me atrapaiá. Vortano. Eles dançaro até cair de exaustão
sô. Pude vê nas peles deles que num eram irmãos de tribo, mas percebi ali uma
irmandade maió, um amor maió... Tinha coeles, quatro senhoritas das Fúrias
Negras, um sujeito dos Roedores de Ossos, dois dos seus; os Fiannas, um
almofadinha dos Presas de Prata, dois negros como o breu, e desses nem ouso
citar o nome mardito da tribo, uma loba dos Crias de Fenris e uma outra dos
Garras vermeia. Eles eram bons, digo bons mesmo, acompanhei eles durante um
tempo. Vi eles fazeno paper de bobo tentando desassussegar uns lenhadores com
moto serra. Tempo mais perdido do mundo. Vi eles convocarem bãos espíritos e
montarem um lar pra eles, um seguro. Vi eles recebendo visitas que concordaram
com os ideais deles e ajudarem os danado a fazê do lugá um caern. Depois disso
a coisa ficô preta pro meu lado. Não sei se fiz algo de errado ou se a coisa
atenta mesmo, mas percebero que tinha arguém mais alí. Me debandei de lá rápido
e quieto, tar como cheguei.
_ Caramba! Isso é maravilhoso.
Conta mais sobre eles.
_ Ara! Ocê é curioso demais sô.
Pois bem... Eu me lembro desse povo ter recebido o espírito da coruja. Ela
estendeu suas asas imensas sobre o caern. Depois disso, eles levaro suas ações
mais a sério, ocê sabe de como é. Eles fizero o bicho. Com inteligência pararo
com as derrubada de arve alí perto. Fizero contato com outros lobos e
estabelecero um canal de comunicação em rede. Eles inté dirrubaro um projeto
que ia construí uma barrage nas terra dos índio, e sem derramá sangue. Sabe
ocê muito bem o quanto é difici pra eles. Óia, eu aprendi a ver as coisas de
outro jeito coeles.
_ Pô! Legal! E como era o caern?
Onde ficava isso?
_ Hunf! Cê tá memo querendo sabe
né sô?! Ara, má num vai fazê de eu conta. Tarvez ocê já ouviu fala da Mazônia.
Pois, bem sô. Foi bem lá. O caern não era grande, na verdade era bem pequeno,
como ocê vive dizeno, compacto. Eles se dividia em turno e turma pra protege. O
caern era bão demais para curar suas feridas sô, nunca vi coisa igua. Surgiam
batalhas fúteis entre eles, o tempo todo, mas depois de algumas garradas tudo
cabava em vinho. Cê deve de querê sabe quem era a seita e os nome desse povo
todo, né? Mas por motivo de segurança maió, num vô te dizê agora não. Num faiz
essa cara que não dianta.
Ara! Dipois disso eu me rumei
mais pra riba na mata. Cheguei em outra terra, i ali eu pude vê coisa demais.
Fui açoitado por espíritos da mata, por entidades que me queriam má e também me
prega peça. Eu vi co esse zóio um muleque preto sartano de um pé só, que me
robava as carça sem eu pisca sô. Nóis ficamo amigo depois de uns tempos, mais
no começo era de irritá. Ele é chamado de Saci pelas quelas bandas. I o ocê
nunca vai vê ragabash nenhum mió que ele. Ele tem o coiote no corpo, te digo.
Foi ele que me livro a cara de cruzá o camim de dona Tatá, Boitatá como ele
disse. Eita bicha braba sô, mais isso é uma história diferente. Nas minhas
andanças pela quela terrinha, o Saci me mostro um povo que vivia numa mata mais
perto dos asfarto. Um povo guiado pelo Cuco. Eles viviam sem caern, sem contato
com nenhum Garou, só eles, Gaia e o Cuco. Me aproximei deles e vivi uns tempos
por ali. Devo te dizê que foi minha estadia mais tranquila. Eles eram tudo
místico e trapaceiros... Mas rapaiz, tinha dois que me dava medo sô. Um
daqueles mardiçoado cum oio só, dizia que pudia vê coisa que tão na frente, no
amanhã. Eu ficava de zóio nele o tempo todo. E tinha uma guria que vivia
dizendo que era fia do Lião. Essa bicha era estranha por demais sô. Eu escutei
ela dizê por mais de veiz que ia morre pra libertá seu zirmão. Ela dizia que
carregava no zosso a profecia do Lião, e que ele tava vortano com seus fio.
_ Espera? Está me dizendo que
você viu um garou que adorava o Leão? E um Senhor da Sombras que vi o futuro?
Por acaso você vai me dizer que essa garota era um Uivador Branco?
_ Se era eu nun sei, ela se dizia
Fianna mas tinha os pelo branquim e dizia a todo instante que era pra isso que
nasceu. Pra trazê eles de vorta. Pode rir memo. Eu ria de veiz enquando, mas
não muito alto. Eles eram um pouco desordenados por se tratar de filhos do
Cuco, mais bora lá. Eu sai de perto deles adispos que um Cria de fenris, que
vivia coeles morreu. Sinti no zosso que o clima ia muda.
_ Mas eles não tinham caern?
_ Não. Bem longe disso. Eles
viviam num tipo de fazenda. Vivia de coisas que traziam da cidade e de animais
abatidos na mata. Por veiz ou outra apanharo feio do Mapinguari, mas dessas eu
não posso ri purquê entrei no pau também. Num faiz essa cara de pergunta, num
vô conta agora. Ara se me alembro bem, dispois disso me enterrei na lama. É foi
isso memo. Eu vi uns Fomori levando pessoas num carro pruma fábrica. Dicidi vê
de perto, mas a toca tava armada. Apanhei que nem condenado, mas consegui sortá
o povo de lá. Eu cai, e por sorte minha, pai mandou me socorrê. Pois é... Um
bando estranho de tudo tava na bota desses fedorento e entraro com tudo. Depois
do pau fui levado pra casa deles, que pra minha supresa era um Caern bem
Compacto.
_ Outro caern na Amazônia?
_ Num disse que era lá. Eles me
levaro prum lugá chamado Sum Paulo. E pra sê mais exato Jundiaí, dentro de Sum
Paulo, é que nem Nova York dentro do seus Estados Unidos. Pois bem... Lá me
deparei com uma dama que liderava o caern, pra minha infelicidade era dos
negrumes. Mas num tive increnca coela não. Ela me zoiava o tempo todo, mas
dispois eu me fiz aceitável. É craro que tive que ajuda ela a recuperá a
localização de uma trilha que ela tinha interesse, mais que tinha esquecido de
onde era. Nesse lugá as coisa são sempre truculentas. Sintia o chero da Wyrm o
tempo todo, mas vinha das redondezas. Os lugá de perto eram cheio de máquinas,
cheio de fábricas, cheio de pessoas mesquinhas e maquinações... Gente humana
querendo matar gente humana só pra ter a casa delas e constroir no lugá um
prédio chei de lojas, vê se pode sô. Eu fiz amizade de verdade nesse caern,
imbora não com as liderança, nem quero. Num faiz essa cara não. Azamizade vei
de Raquel e Luna, duas guria braba. É pois é... Raquel é Fianna e mística. A
Luna é dos Silenciosos e num é que faiz jus a tribo sô, fala poco, mas faiz
muito. Era meu tipo de garota, até tentei arguma coisa, mas as duas já tinha um
laço mais firme.
_ E como era o caern? Quero
saber, quais tribos eles abrigava.
_ Cê tem certeza que ocê ispero o
tempo certo de nascê? Ara! Era um caern pequeno, de fertilidade, que aliás, é o
que mais há naquelas terras é fertilidade. Eles nun passava fome não. O lugar é
uma colina, e lá no topo ta o caern, mas a colina toda é vigiada. Eles tem uma
nascente d’água que corre até um rio na base do morro. E eles fizero umas
cabanas bunitas sô, mas o que impressiona memo é que conseguiro iscondê tudo
com tratos feitos cos espíritos. Eles lá não tão muito se importando de sair e
mata a váia wyrm não, dissero que o número de sordado é pequeno, e aproveitano
do poder do caern, pretendi armentá as filera, sô. Vi no tempo que fiquei lá
uma Fúria Negra ir passa férias lá, e lá memo ela engravidou, nasceu um guri
pra azar dela. Tamém vi uma Roedora de ossos e uma Parente engravidarem lá, de
ambas nascero umas criança lindas sô. Dispois disso a coisa ficô feia, pruquê
tive de vorta pra Mazônia.
_ Ora essa, por quê?
_ Saci me chamo uai. Vei ele num
vendavar danado e me disse que precisava da minha astúcia. Eu num recusei não,
e tem coisas boas nisso, e coisas ruim também. Ele me levou até o mei da mata e
me sortô lá. Tinha um homi negro morreno, e que dizia que precisava intregá um
pacote pra seu zirmão. Assim que ele fechô o zóio eu peguei o pacote e decidi
vê o que era, no mesmo instante uma cobra bem das grande sartô sobre eu e
queria me engoli vivo. Lutei coela por mais de horas, e ela num era muito menos
que um metamorfo. A cobra se cansô de tenta me comê e puxo seus braço pra me
rasga. Nesse instante eu soube que ia morre, e foi por muito pouco que isso não
aconteceu. Ela envolveu por aqui ó, me espremeno e meu purmão ficano sem ar, e
o sangue entrano nele, eu ouvi o zosso quebrano um de cada veiz. Mais aí Saci
trouxe coele ajuda. Os garous do caern em que eu tinha ficado chegaro atacano,
mas a cobra escapuliu. Eu ligeiro que sô, larguei o pacote no rio que afundo
que nem pedra. Me curaram no caern e num queriam me dexá mais imbora, estavam
me prendeno lá. Eu num so de fica preso, pintei um toco que nem eu e fui me
imbora, deixei eles falano cotoco. O pobrema veio quando queria o pacote de
vorta, num achava de jeito manera sô. Ara, fiquei com muita raiva de cobra
dispois desse dia. Passou um ciclo de lua todim eu caçano esse pacote até que
por fim achei no ninho de uma zarinhanha. Ara a coisa foi braba, quase que me
mutilaro. E óia que num era nem parente esses bichos. Como se num bastasse, me
estrepei caino em cima dum texugo chei de espinho. Óia, num foi fáci.
_ Chega de lorota. Me diga o que
tinha no pacote. De quem era, para quem era?
Levantou-se, mexeu no fogo mais
uma vez. Olhou pro céu e disse:
_ Ocê dúvida da zistória, cumé
que ocê qué sê um grande contadô intão? É pra baixa a cabeça memo. Ara! Vamo lá
intão. Eu abri o pacote de curioso que so. Vi uma faca de oro. Muito bonita por
siná. Eu num fazi a minó ideia do que era. Pois decidi vortá pra Sum Paulo e
caço resposta. Mas nesse tempo tive arguns contratempo. Viajano de carona fui
atacado duas veiz pelos Espirais. Tentei pela sombra e fui espancado pelos
mardito. Tentei otros meio... Fiz um trato coSaci pra leva eu. No caern de Sum
Paulo perdi a faca. Aquele bando que vivia na fazenda tava lá, assim que a faca
viu a minina fia do Lião ela brio igual o sol. E a minina fico coela. Meu
trabaio tava feito.
_ Mas... Mas você nem sequer investigou
mais a fundo? Sei lá... Eu iria pesquisar sobre esse artefato, saber das
origens dele, por que a garota ficou com ele?
_ Ara muleque, ocê me julga mal.
Eu intreguei a faca. E era isso que tinha que fazê. Sai de lá fui pro mundo a
fora. Passei pelos caminho mais asfartado de Sum Paulo e me deparei com os
coisa ruim. Vi fomoris andano na rua e fugi deles feito diabo fugino da cruz.
Eram muitos, muitos memo. Vi nas noite da cidade um morto sanguessuga. Peguei o
nojento no flagra, sugando um senhor. Mas dei-lhê pau. É uma pena que por muito
pouco ele tenha escapado. Mais não foi minha curpa não. É que bem na hora
surgiu das trevas um bando de políça atirano, e só atirava em mim. Eles num
eram bom de mira, o que me sarvô. Dispois que o vampiro fugiu, eu me intoquei
nos becos e zarpei daquele selva de asfarto.
Os caminho me levaro até o
interior. Lá eu me senti a vontade. Vida boa. Nem tanto assim, mais foi bão. Eu
encontrei um lugá que só morava repti... Vô te dizê, passei mau... Fiz de tudo
preles num me vê. E num me viro. Fiquei lá um bom tempo. Ouvino as história
deles e só guardano aqui na cachola. Eles dissero que lá pelos Brasil, tem
muita gente andando. Eles disssero que os garou tão chegano lá, mais que lá
vive otros povos há muitos anos. Eles dissero até que tem um lobo diferente
desses que ocê conhece.
_ Ah não! Está me dizendo que
ficou num caern de Feras? Digo, de Mokolé?
_ Ara, se ocê vai duvidá num tem
praquê conta. E num se diz caern igual o de ocês, é lamaçal. E se ocê me dé
permissão vo continua. Pois é... Fiquei lá ouvino eles. Eles dissero que lá
vive as cobras Nagah, que são um grande número, mais grande mesmo. Vive lá os
Mokolé, que apesar dos números num sê tão grande, mas os parentes são que nem
um formigueiro. Eles dissero que lá vive também os tar de Tubarão, mas esses eu
confesso que num vi não. Ouvi eles contarem azistória de uns tar de Lobo guará,
que dão origem a uns garous diferentes. Depois de tudo isso, vem o segundo
grupo de maió quantia, que é os felinos. Esses aí au vi heim?! Mas num presto
não. Dispos eu conto.
Os mokolé vivia num lugá bem
assossegado, com mata e água perto. Muitos parentes repti e humano. Eles dizia
que o lugá já havia de cido uma aldeia de índios que foram mortos pelos
invasores brancos. Só pra ocê sabe, nas terra do brasil a maió parte do povo é
negro e índio, e o sangue dos mokolé é muito forte lá. Te digo por que vi de
perto. Ocê deve se alembrá que eu disse
da fia do Lião. Pois, é. Ela deu as caras nesse lamaçal. Ela pareceu lá num
acaso, e eles quase mataro ela, num fosse a faca. Ela brio que nem o sol e eles
pararo o ataque. Dispois disso eles cunversaro e cairo na dela de que ela
carrega uma profecia. Eles dissero que num só aos garou que ela vai ajuda não.
Que a profecia dela serve praeles tamém. Disse eles que a minina que carrega
afaca dos reis deles vai ajuda eles a encontrarem uma terra muito importante
pra eles, mas que tá do outro lado da película. Foi o que eles disse, num mi
óia assim. Ela vorto varias vezes. E cada dia era um papo diferente.
Como se num abastasse tudo isso,
eu descubri um outro caern de garous, mas bem longe desse lamaçal. Até parece
ser a mesma mata, mas como eles dizem lá, a mata atrantica é grande sô... Esse
diacho de caern é estranho por demais. Fica numa cidade pequenininha que só,
nos limites da cidade. E se eu não tivesse tido lá num ia creditá se arguém me
contasse, que um Cria e uma Fúria lideram um caern juntos. É pra se assombrá
memo. Pois é meu fi, lá eu vi muita coisa mas quase fui descuberto. Tem lá um
muleque que nem ocê, mas ele é muito manipulador. Ele é dos preto que nem breu.
Ele feiz amizade com todos espíritos da redondeza e agora se ele disser não, os
espíritos não fazem nada por lá. Se num é maquinação das braba, num sei o que
é.
_ Calma lá... É muita coisa para
eu assimilar. O caern liderado pelos inimigos mortais... Como ele é? É grande?
_ Óia, taí uma coisa que num vi
lá foi caern grande. Mas assim, eles tem divisas largas viu?! É um caern bão
demais sô... É daqueles que ocê entra e já recebe a pancada nas ideias. Vi
coisas do passado e do futuro por lá, visões enevoadas que inda hoje me tiram o
sono. E sabe de uma coisa, eles são bem espertos. As visões que eles tem, são
interpretadas pelos sábios e pela rede de amigos fantasmas do garou de pelo negro.
_ Por que reluta tanto em dizer
Senhores das Sombras?
_ Ara! Num fala no que é ruim,
que sinão o que é ruim aparece. Óia, vô te dize... Esse caern né grande não,
mas tem uma força que se for bem proveitada da pra se torna mais importante que
muito aí. E vortano ao lamaçal... Eles são separados pela mata. E só pela mata.
Os mokolé não sabe das existência desses garou não, e nem os garou sabe dos
repti. Mas te digo uma coisa, acho que não vai prestá... Tem lá um Garras
vermeia que tem intriga com um mokolé. E se ele sonhá com o caern do Cria de
Fenris, vai com certeza entregar a localização dos irmãos de escamas.
_ Irmãos de escama?
_ É ara! Eu vi muita coisa lá
viu. E se tem umas coisas que aprendi meu fi, é que nóis num deve mais briga.
Nóis num deve mais se desprende um do outro. Inquanto nóis se mata... A wyrm se
une pra matar Gaia e a nós todos. Vivi uns bons anos lá, e vi um amor rondando
aquelas terra, um amor que num existe presses lado. Quem é que ia creditá se me
visse aqui cocê? Hiem? Quem é que ia creditá que é pussiver um garou visita um
lamaçal e sai de lá vivinho? Quem é que ia credita que tem nas mata da mazônia
um minino perneta que toma conta da vizinhança da umbra? Só quem viu tudo
isso... ou não?
_ A gente se conhece a um bom
tempo. Nunca duvidei das suas histórias. Mas como é que você quer que eu
acredite que no mesmo pedaço de terra vivem tantas espécies diferentes, e que
ainda não houve outra guerra da fúria?
_ Ara! Ocê credita no que cê
quisé. Mais uma coisa ocê tem que pensa... Quem garante que aqui num é iguar?
Eu num garanto. Só que lá na mazônia e no brasil eu vi, fui andano de um lado
pra outro e conheceno esse povo. E te digo uma coisa fi... Se ocê ta pensano em
ir pra lá é mió ocê deixa de lado suas raivas, seus pensamento ruim... Lá a
terra sente, e quanto mais ruim você for, mais ela bate nocê.
_ Como é possível tantas raças
viverem juntas?
_ Os prano de Gaia invorve nóis
todos. Foi seu povo que excruiu o zoto da jogada. E lembre ocê de que os garou
tão chegano lá agora, e lá eles não tem parente. Lá eles são solitários, lá
eles são a minoria... Se tiver uma guerra, eles num dura dois dias.
_ Como é que você passou por
tantos lugares e não foi morto por eles?
_ Ara! Digamos assim... Quem me
viu gostô de eu... E ozoto num precisava me vê.
(Em breve parte 2)